quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mémoire

Peço desculpa pela falta de tempo, o cansaço tem assumido grande parte de mim!


O céu crepuscular nascia a horizonte trazendo até mim a brisa quente e suave de uma Primavera acabada de chegar. Aquela aragem percorria-me acalmando o meu coração e suavizando todas as preocupações que se exibiam ao meu espírito cansado e fraco. Os meus olhos perscrutavam, atentamente, a perspectiva longínqua delimitada por casas grandes e árvores antigas e majestosas. O teu olhar profundamente castanho surgia por entre as nuvens brancas que iam, lentamente, abandonando o céu azul celeste. Lá longe, a lua erguia-se com toda a pompa como governante daquele imenso paraíso. A tua mão tocou levemente no meu ombro causando-me em mim um pequeno sobressalto. Olhei para ti com um sorriso nos lábios sentindo o teu amor à medida que o teu toque se prolongava. Sentaste-te ao meu lado no parapeito da janela experimentando a mesma sensação que me preenchia havia alguns minutos. Senti os teus pensamentos a fluírem de forma desordenada e confusa; os teus olhos mostravam-mo nitidamente. 

- Como é que estás? - perguntei.
- Calmo; feliz contigo a meu lado - a resposta arrancou-me um sorriso pois era capaz de ver a sinceridade no teu olhar mas também me mostravam a tristeza resoluta do teu coração.
- Algo se passa. Consigo senti-lo. Diz-me o que é! - exigi calmamente. Os teus olhos miraram-me encantados, a sua mão - que tocava na minha - mostrava-me o quanto a tua pulsação aumentava naquele momento.
- Ando com isto na cabeça já há algum tempo, queria falar contigo, mas não sei se é o momento mais apropriado.
- O que é que se passa?! - perguntei tentando esconder a preocupação que se fazia notar na minha voz. Pegas-te em ambas as minhas mãos com a força de um guerreiro; um guerreiro assustado e tremendamente apaixonado.
- Estamos juntos à meses. Durante todos os dias que passamos juntos permaneces-te ao meu lado independentemente do obstáculo que surgisse e isso é maravilhosamente bom de se sentir. Daí eu não querer perder mais nenhum momento com esta distância que separa o toque dos nossos corpos. Quero seguir em frente, - as palavras cessaram neste momento e eu temia por tudo aquilo que havíamos construído juntos - contigo. - Estas palavras ecoaram na minha cabeça como uma canção de embalar, um verso de amor... Abracei-te e fui capaz de sentir o calor do teu corpo contra o meu. Fiquei atenta e sossegada esperando que prosseguisses. - Quero que venhas comigo para baixo! O nosso amor já se mostrou forte, verdadeiro e vitorioso; está na altura de darmos inicio a algo unicamente nosso! - O meu coração batia descompassado e o brilho dos meus olhos era tão intenso que seria capaz de te ofuscar a visão. - Presumo que isso seja um sim?!
- Sim, sim para sempre. Sim para ti, sim para mim, mas essencialmente, sim para nós...

3 comentários:

  1. Eu sei querida. Aquilo foi mais uma forma de fazer publicidade ao teu blogue :D

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  2. E desde aí vivem felizes para todo o sempre..


    :')...
    Pode ninguem acreditar em nos..
    Mas lá vamos lutar a nossa maneira.

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