quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

#2 Carta de Desabafo - Desafio



Minha querida venho agora abrir-te o coração. Sabes que ele está partido há tanto tempo, mas mesmo assim tenho força ainda para te escrever. Não, não estou bem! Já faz muito tempo que não estou bem. Sinceramente agora penso: quem me dera não ter me apaixonado! Não, não penso nada e tu sabes que não penso porque para mim os dois anos que tive com ele foram os melhores dois anos da minha vida. Às vezes penso que perdi a minha idade das parvoíces, dos 14 aos 16 tive oficialmente com ele, continuou se pelos 17 com contornos mais escondidos. Acabou há poucos meses o que as pessoas julgam já ter acabado no início de Verão de 2009. Sim foi aí que pusemos fim àquilo que nos consumia por dentro e pelo menos pela minha parte penso, que já não soube mais lidar com tal sentimento e vi-me obrigada a libertar. A discussão foi feia, essa e todas as outras... Talvez tenha exactamente sido isso que nos determinou um fim, há muito tempo que deixámos de nos saber recompor depois das discussões, a dor essa sempre tão profunda que nos devastava por dentro e éramos tão novos para nos deixar consumir assim. No entanto, naquele início de verão quando gritamos fim um ao outro e ao resto do mundo. Eles não acreditaram e o que toda a gente previa voltou mesma a acontecer passaram se duas semanas, o odiou serenou e nós voltámos a aterrar nos braços um do outro ainda que sem caracter oficial ou de exclusividade, mesmo assim sabia que iria voltar a sê-lo mais tarde ou mais cedo. Mas não foi e ele fez aquilo que eu sempre disse que não perdoava e não perdoei durante aqueles meses mais próximos. Vê-lo com alguém que me é tão querido foi aterrador e eu odiei-o a ele e odiei-a a ela e seguiu-se a minha descarga emocional de fúria. Foi sem dúvida o Verão que mais me diverti rejeitando e saltando de braços em braços. Talvez não foi a minha melhor atitude tenho agora consciencia disso. Principalmente quando sabia que os únicos braços nos quais eu queria estar era nos dele. E isso iria acabar por acontecer mais cedo do que julgava. Quando já todos julgavam que nós não tinhamos volta a dar, os nossos encontros com o pretexto de tentativa de amizade surgiram. Primeiro um, depois outro e o inevitavel deu-sel. A atracção magnética que havia entre nós fez os nossos corpos colarem se uns aos outros e isso tornou-se numa rotina que durou até agosto de 2010. Sim é verdade, ninguém sabia. Mas todos os fins de semana quando ele voltava da universidade nós voltavamos um ao outro... E quanto mais eu tentava libertar me mais a vontade de voltar a ti aumentava. Não sei como o escondemos durante tanto tempo, nem como eu aguentei tanto tempo. Talvez por julgar que um dia passaria daquilo, um dia deixavam de ser encontros secretos e que as coisas voltavam ao mesmo. Mas não voltaram... E a fachada deixou de ser sólida quando a nossa convivencia se tornou diária, de dia eramos apenas amigos e ex namorados com muitos amigos em comum e que ninguem sabe bem como conviviamos bem como amigos. Só que ninguém sabia que quando eu saía do trabalho de madrugada tu esperavas por mim escondido naquela esquina, tu dizias ao nossos amigos que ias ter com o teu irmão e eu pura e simplesmente dizia que estava cansada do trabalho e ia dormir. Foram noites intesas e tornou-se dificil esconder pelo menos da minha parte. No fim do verão disse que não dava mais ou sim ou sopas como se costuma dizer e tu pura e simplesmente respondeste me para não me prender a ti que tinha a vida toda pela frente. E eu fiquei devastada o que deixou toda a gente chocada porque ninguém sabia do que se passava. E é por isso que eu te estou a escrever esta carta porque ainda não estou bem e porque não consigo explicar a ninguém o porquê de não estar. Às vezes ainda me sinto mal, ainda pelas pessoas com quem estive paralelamente a ti e pelas pessoas com que tu estiveste paralelamente a mim. As vidas duplas não duram por muito tempo e a mim só me resta recompor.

Escrito por:Adrii

1 comentário:

  1. Concordo as vidas duplas não duram muito tempo..

    É uma historia bonita de Amor..
    Que o fim.. foi mesmo arrasador..


    Adrii, parabens escreves muito bem.. :')

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