terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sussurro ao mar #26


Apesar de estar um pouco mais solto eu conseguia sentir as tristes emoções que transbordavam de seu coração.

Amor, já é tarde... Vamos descansar? - Perguntei.

Ele assentiu com a cabeça e depois de inspirar longa e profundamente aquele ar frio e calmante e de deitarmos um breve olhar àquela paisagem que fizera parte do nosso dia viramos costas e andamos alguns metros em direcção ao carro. Dirigi-me novamente para o lado do condutor e enquanto abria a porta:

Fofinha... deixa estar. Eu já estou melhor para conduzir!

Aproximou-se de mim e segurou a mão que eu tinha depositada sobre a porta beijando-me levemente. Abracei-o; sabia bem o quanto os meus abraços o tranquilizavam e o que significavam para ele além de que sempre me sentira bem na fortaleza que eram os seus braços. Dei a volta ao carro e sentei-me no lugar do passageiro apertando o cinto de segurança. Ele arrancou conduzindo com o mesmo cuidado que sempre tivera. Percorremos o caminho de volta a casa dele e nem dei pelo passar do tempo. A mão dele segurava a minha e por vezes, em certos momentos, eu sentia a sua tensão de cada vez que com mais força ele a apertava. Eu sabia que ele não dava conta, mas também a força exercida não era suficiente para haver um queixume da minha parte. A viagem foi passada com os olhos depositados nele por breves instantes e fixados na noite escura e temível que observava por entre os vidros do carro. A música tocava ligeiramente baixa e a minha voz era mais distinta de cada vez que cantava. Chegamos a casa rapidamente e a primeira coisa que ele fez quando chegou ao quarto foi ligar a pequena aparelhagem que tinha colocada junto à janela. A música era bastante leve e calma... Verdadeiramente digna de uma dança apaixonada. Sentei-me na cama cruzando as pernas e retirando o pequeno lenço que continha nas costas. Ele ajoelhou-se à minha frente e retirou-me as sabrinas. Pegou na minha mão depositando-lhe um beijo quente e sincero. Puxou o meu corpo para junto do seu e começou a balançar o seu corpo ao ritmo lento que a música lançava naquele espaço. Encostei-me bem a ele apesar da barriga nos separar por alguns centímetros e segui-o ao ritmo daquela dança! Encostei a cabeça ao seu peito quente e senti o romântismo que o momento envergava. Não queria terminar com aquele precioso instante, queria mantê-lo sempre presente no meu coração. Naquele momento decidi que me manteria ali, perto dele, enquanto aquela situação devastadora não cessasse; dar-lhe-ia todo o meu apoio e estaria constantemente ao seu lado... Ele é a minha vida e eu não quero que ele perca a sua alegria de viver...

Continua...

1 comentário:

  1. Ele de todo é um rapaz romanticooo :$

    Dança :$ humm..
    Amo dançar bem agarradinhoo <3

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