sexta-feira, 25 de março de 2011

Viagem


Saber que precisavas de mim causou-me um aperto no estômago. Passei todo o dia com a cabeça às voltas pedindo, calmamente, que uma solução surgisse. Não aguentava ver-te assim, tão em baixo, tão sem forças... Cheguei a casa perdida no meio de frases feitas, questões sem resposta e um coração aos saltos.

Não posso ficar longe dele, - pensei - quero abraça-lo, fazê-lo sentir que estou por perto...

Sem pensar tomei banho, mudei de roupa, meti-me no carro e fiz a viagem que me levaria de encontro aos teus braços. Estava preocupada. Queria abraçar-te. Percorri estradas sem fim, todas elas pareciam iguais com árvores de um verde inconfundível em todo o seu comprimento. Os meus olhos começavam a cansar-se de todos os tons verde e cinzentos que rematavam o transitar de cada estrada. Apercebo-me da placa que, ao longe, me indica a saída. Estou mais próxima de ti do que nunca! Comecei a sentir as borboletas que colidiam, acidentalmente ou não, com o meu estômago; estava a chegar. Ao longe já conseguia ver, erguida, toda a estrutura de uma casa, estonteantemente, bela. Estacionei o carro, respirei fundo e saí. Peguei no telemóvel e liguei-te.

- Anda à janela - disse-te. Ficaste reticente, mas ainda aí espreitas-te através da cortina do quarto. Olhas-te para mim, os teus olhos começaram a brilhar como o cintilar da mais bela estrela e os teus lábios entre-abriram-se. Sorri apercebendo-me que tinha conseguido surpreender-te. Fechas-te a cortina e desces-te em menos de cinco segundos. Eu estava encostada ao carro quando te vi sair da porta. Estavas doente, mas nem assim perdias a tua beleza majestosa. Corri para ti, pendurando-me no teu corpo como uma criancinha.

- Não aguentava estar longe de ti sabendo que estavas assim.
- Oh!, é tão bom que estejas aqui sua safada. Podias ter dito que vinhas...
- Assim estragava a surpresa - respondi-lhe piscando o olho. - Vamos para dentro, não quero que apanhes frio.

Entramos em casa. Não estava mais ninguém. Deitei-me ao teu lado. Repousas-te, suavemente, a cabeça sobre o meu peito enquanto eu te acarinhava. Sentia a tua pele a arder contra a minha e a preocupação instalou-se. Aos poucos foste caindo num sono profundo e eu só queria estar presente, mimar-te, abraçar-te. Não me largas-te nem por um segundo e em cada toque teu sentia o amor que nutrias por mim.


Eu Amo-te - sussurrei.
Nunca me deixes princesa, és o amor da minha vida. Eu Amo-te...

1 comentário:

  1. E ele.. ao fim do dia.. começou a sentir-me melhor... Porque..
    Com todo o Amor dela e os miminhos, fez melhorar a constipaçao dele :$..

    O Amor é melhor remedio, e é bem verdade <3

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