terça-feira, 14 de agosto de 2012

Conclusões?


«A alegria não está nas coisas, está em nós.»
Johann Goethe

E se a água não fosse um vai e vém de ondas, nunca tocaria com a sua frieza nos meus pés. E se aquele som não me enchesse os ouvidos de uma calmaria inesperada, as vozes nunca se teriam calado. E se aquela brisa não fatigasse, ao de leve, os meus cabelos loiros, as lágrimas nunca haveriam sido repelidas. E, ao abrir os olhos, se aquela imagem não me asserenasse, nada mais o faria.
Aquela praia sempre fora o meu refúgio. Na hora das dúvidas. Na hora das certezas. Na hora das tristezas e das mais diversas felicidades. Sempre me protegera de mim própria, dos meus impulsos, da minha, às vezes, pouca sabedoria. O mar, o meu confidente, sempre me esperara, tendo plena consciência da minha chegada mesmo antes de ela se perpetrar. Ouvia as minhas perguntas. Calava as minhas respostas. Nunca me deixava partir antes de permitir que aquela água me lavasse a alma, que aquele som me clareasse os pensamentos, que aquela brisa me enchesse os pulmões e sem que aquela visão me secasse as lágrimas. Prendia-me de um jeito... Prendia-me a si com uma corrente translúcida e fazia-me ficar a admirá-lo à medida que ele dava aquela sua propensão aos meus sentimentos. Sempre me amara tanto quanto eu o amara. E agora, estando longe e perto, eu amo-o... E ele ama-me!

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