segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Lost... Not found!


Por vezes a voz perde-se no meio da terrível confusão de sentimentos que nos assola. Por vezes a tristeza é tanta que nos esquecemos de ser capazes de caracterizar os nossos próprios sentimentos. De tempos a tempos desencontramo-nos nos desígnios estranhos da vida e jamais somos encontrados. Erguemos muros e muralhas, fechamo-nos em copas e, eventualmente, acabamos por nos esquecer o que é sentir e o que isso significa. Passamos a ver os nossos objectivos com mais clareza, perdemos as forças para termos uma vida pessoal e fechamos o epilogo da nossa historia com um ponto final. Fazemos parágrafo, seguimos em frente, mas nunca esquecemos o significado de ter alguem importante na nossa vida, com quem partilhar alegrias e tristezas, aventuras e desventuras, sorrisos e lagrimas, uma vida...
Passamos, então, a ter um vazio como companhia. Ouvimos, por vezes, aquela voz da saudade que, aos poucos, se vai tornando tão nostálgica. Embrenhamo-nos em lagrimas quando a saudade bate forte no peito mas mantemos de pé o orgulho que é, em tudo, a força que nos continua a permitir caminhar dia após dia. E é aí, nesse momento de tristeza sórdida, que começamos a viver somente para sobreviver aquele dia, para chegar a noite, deitar na cama, e num sono profundo esquecer tudo aquilo que, mesmo não querendo, assalta os nossos pensamentos, numa correria frenética, durante todo o dia. É enveredados nesse momento de calmaria, que começamos a fazer uma síntese, uma comparação... O que éramos... O que fomos... O que somos... Quem continuaremos a ser? E é nesse preciso instante que nos apercebemos que tudo mudou, que nada pode voltar a ser o que era e que, somente nos, temos o poder de construir e moldar o nosso futuro à nossa imagem e figura. Somos absorvidos por lagrimas rasas e dizemos para nós próprios: " O que um dia fomos... Jamais seremos!"

4 comentários:

  1. Eu compreendo-te mas não me conformo.
    Eu nunca digo "O que um dia fomos... Jamais seremos!", quando houve algo no passado que quero que se mantenha. Se não o sou agora, voltarei a sê-lo mais cedo ou mais tarde!
    É para isso que respiro todos os dias!
    Porque viver sem alegria é o pior que podemos fazer! Sim... porque somos nós que dominamos na nossa vida! ;)

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    1. Por vezes não se trata de querer manter mas sim de poder continuar a manter... E apesar de sermos nós a controlar à nossa vida, há dias em momentos em que não dá, simplesmente, para mandar a tristeza embora.

      Obrigado pelo apoio **

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