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terça-feira, 29 de março de 2011

Saudades... Elas apertam!


Onde está o teu olhar para se cruzar com o meu? Onde está o teu toque para me arrepiar? Onde está o teu beijo para eu saborear?

Não te consigo encontrar e passo a noite a pensar na calor do teu abraço forte e protector. Sinto, ainda que com toda a distância a separar-nos, a dor que arrebate o teu coração e sinto-me culpada pelo sofrimento que invergas. Encosto, cuidadosamente, o meu rosto ao teu peito robusto e vigoroso. Senti o teu coração a bater forte, ouvia as suas palpitações e com elas apercebia-me de todas as tuas preocupações. Li-te como se de um livro te tratasses, retratei-te como o desenho de uma criança - perceptivel mas sarrabiscado. Sorri-te debilmente e eu teu olhar cintilou mostrando todo o cuidado que terias comigo. Levantaste-te e o teu olhar esmureceu.

O que é que se passa? - perguntei a medo.

Não te quero perder. Estou cansado desta situação, estou cansado de ouvir as pessoas exigirem que lhes prove algo quando apenas tu mo podes pedir, estou cansado de navegar à maré dos outros e não à nossa, estou cansado que o tempo escasseie para nós, estou cansado de te perder e de sentir a tua falta quando te tinha todos os dias, as todas as horas. Sinto falta de ter a tua presença a todos os minutos do meu dia. Sinto falta - neste momento o brilho dos seus olhos morreu, o meu coração embateu no chão e uma lágrima debruou-o no final.

Eu não sabia o que dizer, não sabia quais as palavras adequadas e se estas serviriam para amenizar a sua dor. Não podia deixa-lo sofrer devido à falta que sentia da minha presença, não podia deixar que ele abdicasse da vida que tinha, de quem amava, por mim. Ele virou-se de costas tentando esconder as lágrimas. Levantei-me da cama e abracei-o pela retaguarda. Neste momento a diferença de alturas fez-se sentir mas nem por um segundo deixei que as minhas mãos o largassem. Acariciei a sua pele e senti o arrepio que surgiu. Ele voltou-se para mim mais calmo, contudo a tristeza continuava a fazer parte do seu olhar profundo e magoado. Baixou a cabeça de forma a conseguir inquirir os meus olhos. Evitei o seu olhar, toda aquela mágoa far-me-ia chorar. Ele colocou a mão no meu queixo e elevou o meu olhar ao dele sorrindo-me com todo o amor que continuava a sentir por mim. Os seus lábios, carinhosos, aproximaram-se dos meus com todo o vagar e paciência que uma paixão complementar ao amor exigia. Aquele beijo prolongou-se tornando-se mais fugaz e apaixonado à medida que subsistia. As suas mãos acariciavam o meu corpo à medida que os impulsos do nosso corpo tomavam conta de nós. Colocou-me cuidadosamente sobre a cama e o seu corpo posicionou-se em cima do meu. Os beijos que sentia no meu pescoço eram amáveis e macios causando um arrepiar metódico em todo o meu corpo. Aos poucos e poucos as peças de roupa foram caindo pelo chão, emoldurando-o. O roçar das nossas peles era um toque de magia que ressoava em todo aquele quarto. O amor voava como se fosse corpóreo e possuísse asas. Aquele momento pertencia-nos. Era o demonstrar de um amor que há muito perdurava. O consagrar daquele momento terminou com um sorriso apaixonado. Todos os problemas que até agora ressaltavam na nossa mente foram esquecidos e a nossa felicidade voltava a vencer... mais uma vez!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Moony Mouse

Hoje venho falar de ti, porque sinto a tua falta, porque não sei como estás...


Quando te vi pela primeira vez contemplei a tua perfeição, queria-te. Liguei para saber se estavas disponível, não me deram certezas. Fiquei contigo no pensamento de tal maneira que já não queria mais nenhum, só te queria a ti. Quando voltei a ligar disseram-me que te poderia ir buscar no dia. Saltei de alegria pela casa, sorrindo de felicidade. Olhei para ti pela primeira vez sem ser através de um computador. Estavas a dormir tão sossegadinho e eras tão pequenino. Vieste comigo para casa e assim que te deixei à vontade escondeste-te debaixo da lareira causando-me uma aflição dos diabos. Estavas com medo e tentavas arranhar-me com a tua patinha.De noite miavas muito. Não querias estar sozinho e então, no escuro da cozinha, sentei-me ao teu lado tapei-te e fiquei a fazer-te festinhas para que dormisses. Fizeste parte da minha vida durante dois a três meses, cresces-te. Eras brincalhão, mas tão fofinho. Já não arranhavas e às vezes até gostavas de estar no meu colo. Gostava de conversar contigo, como se entendesses o que eu dizia e compreendesses os problemas que me incomodavam. Chegou o dia em que tu, um ser perfeito e lindo aos meus olhos, tiveste de ir embora. Não porque eu não te queria, porque queria-te imenso. Foste e eu chorei meses a fio, não sabendo como estavas, se mais alguém te tinha querido, se tinhas ficado zangado comigo por não ter sido forte o suficiente para conseguir ficar contigo. Queria respostas a todas essas perguntas, queria saber se sentes tanto a minha falta como eu sinto a tua... Moony Mouse: sinto a tua falta!